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quarta-feira, 12 de setembro de 2007

O eco do Maneco

"Adeus meus sonhos, eu pranteio e morro! Não levo da existência uma saudade". Quase que totalmente apagadas, ainda consigo ler esses riscos na camisa bordada e pintada com tanto carinho. E é na data atual comemorado o nascimento de Álvares de Azevedo, queridíssimo Maneco, para os mais íntimos.

Figura contraditória, ainda mais hoje, com o processo de seleção de franjas lisas enlouquecidos no país, aposto que agrada (sim) a emos e troianos. Mas essa espécime tão rara vai além do que se vê: só quem conhece entende o brilhantismo de uma figura que conseguiu, à pouca idade, unir erudição e talento juvenil. Para ser mais sucinta: poeta, contista, romancista, dramaturgo e acadêmico incorrigível com menos de 22 .
As Cartas de Álvares de Azevedo demonstram isso muito bem. Uma de minhas biografias prediletas.

O primeiro contato sentimental com a literatura, digamos, foi um carinho especial por ele. Quase li A lira dos 20 anos de uma sentada só, e olhe que eu tinha apenas 13. Sinto muita saudade daquela época, do cheiro das letras e tentar entender o Spleen sem me preocupar com o que vem depois.

Azevedo não é emo, mas Emociona.