quarta-feira, 26 de março de 2008

London London

Olhando meus e mails do UX Recife (lista sobre usabilidade da qual participo) o pessoal citava como é única, e portanto indescritível, a experiência do usuário em sua essência. Isso em qualquer situação, seja ela submetida a testes ou no tal frisson do dia-a-dia. O que a gente procura, em análise, é se aproximar dela, da impressão, dos resultados, mas nunca conseguiremos vivê-la como o usuário a sentiu. Pude constatar isso hoje. É como dirigir seu fusca, com um som alto, tocando London London na 93.3, com vento e suor - esses dois que pareciam não se juntar - descendo pelo rosto.
Não sei se tem nexo, mas lembrei de Anco Marcio, meu professor de algumas cadeiras de Letras. Que me disse um dos poucos momentos em que nos curtimos é o da leitura, e essa atividade te exige de fato estar com você mesmo(e gostar); poucas pessoas conseguem. Quem não tem paciência para ler um livro, momento de mais intimidade, não consegue ficar um minuto sequer sozinho, não transcende. Não se suporta. Me senti assim hoje, dirigindo, uma felicidade imensa. Estava acompanhada, de mim, e ao mesmo tempo estava única. E há ainda quem tenha medo da solidão.



I'm wandering round and round, nowhere to go

I'm lonely in London London, is lovely so

I cross the streets without fear

Everbody keeps the way clear

I know I know no one here to say hello

I know they keep the way clear

I'm lonely in London without fear

I'm wandering round and round here

Nowhere to Go

While my eyes

Go looking for flying sources in the sky

While my eyes

Go looking for flying sources in the sky

Oh Sunday Monday, autumn pass by me

And people hurry on so peacefully

A group aproaches the policemen

And he seems so pleased to please them

It's good to live at least, and I agree

He seems so pleased at least

And it's so good to live in peace

And Sunday, Monday, years, and I agree

I choose no face to look at, choose no way

I just happen to be here and it's ok

Green grass, blue eyes, grey sky

God bless

Silent pain and hapiness

I came around to say yes, and I say

4 comentários:

Filipe Levi disse...

Eu acho que é impossível um profissional de UX projetar boas experiências se ele mesmo não sabe aproveitá-las :) Viver a experiência e ter o feeling de interpretar as sensações e emoções que ela proporciona. E depois usar isso no Design. Trabalhinho ruim... :D

Renatinha disse...

Adoro sair comigo mesma por aí. É delícia, né? Inda mais uma tu mesma feito tu. E no Pudim Móvel então...=*

Lena disse...

A gente fica bem sozinha qd está bem consigo mesma. É um ótimo sinal

E som num carro é muuuito mais importante que ar-condicionado x )

Paranóia Ululante disse...

Pois é, também acho que é um bom sinal.
Pegou no ar, lena.
Concordo com as duas coisas. hehe